Sempre falamos por aqui da importância de consultar um oftalmologista regularmente para a manutenção de uma boa saúde ocular. Porém, a avaliação de rotina, em alguns casos, não é suficiente e é necessário visitar um especialista em alguma área ou região específica dos olhos para um diagnóstico, ou tratamento mais específico.
Mas, quando isso é realmente necessário? Como saber de qual área cada uma dessas subespecialidades trata e quem procurar em cada situação. É com isso que vamos te ajudar hoje.
Conhecendo os nossos olhos e suas especificidades:
O olho é o órgão do sentido relacionado à captação de imagens e percepção da luz. É por meio desta estrutura que conseguimos ver o ambiente em nossa volta. Analisando superficialmente, o olho parece apenas uma estrutura arredondada bastante simples.
Entretanto, trata-se de um dos sistemas mais complexos do nosso corpo, que possui pequenas e importantes áreas, que controlam a entrada de luz e garantem a formação perfeita da imagem. Cada uma dessas partes têm funções e interferências diferentes na qualidade de visão.
É exatamente esse elevado nível de especificidade que demanda a necessidade e a dedicação de profissionais especialistas. Dentro de cada subárea existem milhões de doenças, o que torna humanamente possível que alguém, por melhor que seja a sua formação médica, consiga dedicar-se profundamente e com o nível de detalhamento adequado.
As subespecialidades têm, desta forma, a função de ir mais a fundo nas partes que lhes competem. Quando um oftalmologista torna-se especialista em uma determinada área, ele consegue identificar e tratar um paciente da melhor maneira ou até mesmo fazer um acompanhamento a longo prazo, caso a condição exija.
Afinal, como saber quem cuida do quê?
Primeiro, é importante salientar que a decisão de encaminhar ou não para um desses subespecialistas é sempre do seu médico oftalmologista, aquele que faz seu acompanhamento. Ele quem fará uma primeira avaliação clínica e exames que permitirão avaliar se é necessário algum aprofundamento maior.
No entanto, você deve saber que existem especialistas praticamente para todas as partes e doenças do olho. Para facilitar a compreensão dessas subespecialidades, elas estão agrupamos da seguinte forma: segmento anterior, segmento posterior e plástica, que estão relacionadas à região do olho a ser estudada. Além disso, temos especialistas em vias lacrimais, oncologia ocular, neuroftalmologia, oftalmopediatria e Visão Subnormal.
Conheça cada uma delas:
- Segmento anterior: Trata das doenças que se manifestam no segmento anterior, ou seja, a parte da frente dos olhos. As doenças mais comuns tratadas por essa subespecialidade são Catarata, problemas de Córnea, entre outros.
- Segmento posterior: São os profissionais que cuidam de doenças que se manifestam no segmento posterior, parte de trás dos olhos. As doenças mais comuns tratadas por essa subespecialidade são descolamento de retina, degeneração macular, buraco macular, glaucoma, uveítes, entre outros.
- Plástica e vias lacrimais: trata dos problemas relacionados à deformidade e anomalia das pálpebras, obstrução e infecções das vias lacrimais, movimentos involuntários das pálpebras, entre outros.
- Oncologia Ocular: Assim como as demais especialidades oncológicas, trata exclusivamente de tumores, nesse caso nos olhos.
- Neuroftalmologia: Nessa subespecialidade o foco são as doenças oculares referentes ao nervo óptico e da movimentação ocular, ligada ao comando cerebral.
- Oftalmopediatria: Diferente de outras subespecialidades, esta não está ligada à nenhuma região específica dos olhos. A oftalmopediratria estuda as condições gerais da saúde ocular dos pacientes considerando a sua idade. Entre as doenças que trata, estão o estrabismo congênito ou não, catarata congênita, glaucoma congênito, entre outros.
- Visão Subnormal : Subespecialidade que cuida de pacientes com doenças congênitas ou adquiridas, portadores de baixa visão.
Mesmo sabendo disso, é importante lembrar que seus olhos merecem sua atenção diariamente e que muitas das doenças oculares são assintomáticas. Daí a importância de fazer um check-up anualmente. Também fique atento à quaisquer alterações.