As pupilas são estruturas presentes nos olhos responsáveis por regular a entrada de luz e garantir qualidade e nitidez da visão. Em situações normais, a pupila reage a estímulos luminosos dilatando ou contraindo conforme a quantidade de luz.
Porém, existem várias alterações no diâmetro da pupila que devem ser avaliadas. Isso porque, algumas vezes, a pupila dilatada pode significar que algo não vai bem com seu corpo.
Entenda porque acontece isso e quando você deve realmente se preocupar.
Principais causas que fazem a pupila mudar de tamanho
A pupila dilatada, o que chamamos tecnicamente de midríase, normalmente não representa grandes problemas, sendo apenas situacional e voltando ao normal pouco tempo depois.
Tanto que para a realização de alguns exames mais completos, em casos em que os médicos precisam ver nitidamente o fundo do olho (retina), é necessário provocar a dilatação pupilar com o auxílio de um colírio. O medicamento faz com que a pupila fique dilatada de quatro a seis horas, ou até mais dependendo de cada paciente.
Outros fatores como sensibilidade a luz solar, situações que causam dor, estresse, tensão, medo ou choque e até atração física podem estar associados a dilatação da pupila.
O uso de drogas, como anfetamina e LSD, por exemplo, que além de causarem alterações psicológicas e comportamentais, também podem levar a alterações físicas, entre elas na pupila.
Situações que exigem mais atenção
Como vimos, é bastante comum as pupilas ficarem mais ou menos dilatadas. No entanto, quando elas demoram para voltar ao normal, não reagem a estímulos luminosos ou em situações que é identificada anisocoria, pode ser sinal de condições mais sérias.
O termo anisocoria refere-se a pupilas de tamanhos diferentes. Suas causas variam em gravidade, desde uma condição fisiológica até uma que apresenta risco imediato à vida.
Normalmente, isso está associado a alterações a níveis neurológicos. Seja devido a acidentes, como a ocorrência de AVC, traumas cranianos ou mesmo a presença de um tumor cerebral.
Convém lembrar que a diminuição da quantidade de oxigênio no cérebro, que pode ser devido a problemas respiratórios ou envenenamento, também podem levar ao aumento da pupila.
Síndrome de Horner, pupila de Adie e Aniridia congênita são algumas doenças que provocam distúrbios na pupila.
O que fazer e como me tratar em casos de pupila dilatada?
Procurar um médico é sempre a melhor solução. Em especial se você ou outra pessoa perceber que as pupilas tiveram alteração ou uma estiver maior que a outra após algum trauma sofrido na cabeça, tontura repentina, dores de cabeça, confusão, problemas de equilíbrio ou outros sintomas de um possível derrame.
Também é indicado acompanhar se há alteração após o uso de algum medicamento.
Na maioria desses casos, além de um oftalmologista é preciso ter o acompanhamento de um neurologista, já que estamos falando de distúrbios que acometem o sistema neurológico.
Já pessoas com pupilas dilatadas ou que reagem mais devagar às condições de luminosidade e que já passaram em investigação médica e nada de alterado foi diagnosticado, precisam considerar o uso de óculos com lentes fotocromáticas que escurecem automaticamente em ambientes externos à luz do dia para maior conforto. Ou então, de óculos escuros com lentes polarizadas para maior conforto e redução de ofuscamento na luz solar intensa.
Outra opção para reduzir a fotofobia causada por pupilas dilatadas e melhorar a aparência cosmética dos olhos é encomendar lentes de contato estéticas sob medida. Essas lentes dão a aparência de pupilas iguais, de tamanho normal. Lentes estéticas são especialmente benéficas para casos de aniridia e pupilas grandes e irregulares causadas por trauma.
Fique sempre de olho! Consulte um oftalmologista ou faça uma avaliação online em caso de dúvidas.