O glaucoma é uma doença severa sobre a qual você já deve ter ouvido falar. Mas você sabe o que é o glaucoma, quais suas causas e se ele tem cura? Nós preparamos esse conteúdo para te explicar tudo sobre essa condição grave.
Antes de tudo, precisamos reforçar que o glaucoma é uma doença silenciosa em seu início e que deve ser identificada com antecedência para te maiores chances de ser revertido. Portanto, procure o seu médico oftalmologista pelo menos uma vez ao ano, para minimizar as chances de ter a doença.
O que é glaucoma?
O glaucoma é uma doença ocular gravíssima que é causada pelo aumento da pressão intraocular, ou seja, a pressão interna do olho. Mas vale lembrar que a pressão interna do olho não tem a ver com a pressão arterial do corpo. Ou seja, uma pessoa que sofre de hipertensão não necessariamente tem a pressão intraocular alta também. Aliás, caso queira saber mais sobre os efeitos da hipertensão nos olhos, leia o nosso artigo sobre isso clicando aqui.
A pressão intraocular dos olhos em seu estado normal fica entre 10 mm-Hg e 20 mm-Hg. A parte dos olhos responsável pela regulação dessa pressão é o humor aquoso, um líquido que fica entre a córnea e o cristalino e é constantemente produzido e renovado, mantendo o bom funcionamento do olho e a pressão intraocular regulada.
Por ser produzido constantemente, o humor aquoso precisa ser drenado e, quando isso não acontece de forma proporcional, a pressão intraocular aumenta e pode estar associada com glaucoma. O aumento da pressão afeta diretamente o nervo óptico, e causa perda progressiva da visão até uma eventual cegueira, em casos (cada vez mais) raros.
O nervo óptico é como se fosse um conjunto de cabos que leva informações dos olhos para o cérebro. Quando o nervo óptico é danificado, o cérebro para de receber suas informações e, sendo assim, a visão fica comprometida.
Tipos de Glaucoma
O glaucoma pode aparecer de quatro formas distintas:
Glaucoma de ângulo aberto
O glaucoma de ângulo aberto é o mais conhecido e representa cerca de 80% dos casos da doença. Ele é assintomático em seu início e se dá em sua maior parte em adultos. Nesse tipo de glaucoma, a doença é progressiva e a perda de visão também.
Por ser assintomático em seu início, esse tipo deve ser identificado precocemente para evitar uma evolução significativa do caso. Portanto consulte regularmente o seu oftalmologista.
Glaucoma de ângulo fechado
No glaucoma de ângulo fechado, a pressão intraocular pode aumentar de forma repentina. Por isso, pode configurar-se como uma urgência médica e deve ser tratado em poucas horas depois da crise. Os sintomas são dor ocular intensa, vermelhidão e redução no campo visual.
Esse tipo de glaucoma, se não tratado com urgência, pode levar à cegueira irreversível.
Glaucoma neovascular
O glaucoma neovascular é um tipo de glaucoma que está diretamente relacionado à outras doenças. A principal delas é a diabetes, que provoca lesões na retina e causa esse tipo da enfermidade.
O glaucoma neovascular evolui para estágios severos de uma forma muito rápida.
Glaucoma congênito
O glaucoma congênito é também conhecido como glaucoma infantil e significa que a criança já nasce com a doença. Ele pode ser identificado nos primeiros meses de vida da criança.
Se não tratado, esse tipo de glaucoma pode causar cegueira irreversível. Então vale ressaltar a importância de exames como o teste do olhinho e consultas oftalmológicas ainda na infância, prevenindo essa e outras doenças nas crianças.
Causas e sintomas
Como você pôde ver acima, algumas causas e fatores de riscos puderam ser identificadas. As mais comuns são idade (a partir da fase adulta), diabetes, traumas oculares e hereditariedade.
O sintoma mais comum é a perda da visão periférica. Isto é, a visão tende a escurecer no sentido de um círculo onde só se vê a parte central, como a imagem acima sugere. Além desse, outros sintomas podem aparecer como sinais da doença, entre eles: olhos vermelhos, dor nos olhos e sensibilidade à luz.
Um ponto importante é que a maioria dos sintomas da doença aparecem em estágios mais avançados, então a prevenção é o melhor remédio.
Diagnóstico
O diagnóstico se dá por alguns exames clínicos realizados por um oftalmologista. Mas os exames devem ser feitos inclusive quando não há suspeita da doença, afinal, quanto antes identificado, maior a chance de tratamento. Os exames mais comuns nesses casos são a Tomografia de Coerência Óptica (OCT), o exame de Campo Visual e a Tonometria. Eles avaliam o nervo óptico, o campo visual e a pressão intraocular do paciente, respectivamente.
O glaucoma tem cura?
O glaucoma não tem cura. Mas, o paciente pode tratá-lo e levar uma vida normal. Mais uma vez, quanto antes identificado, maiores são as chances de estabilização da doença.
Os tratamentos do glaucoma giram em torno da pressão intraocular. O oftalmologista indica alguns medicamentos em formato de colírios que têm como objetivo reduzir ou manter a pressão dos olhos estáveis.
Em alguns casos, o médico pode solicitar uma intervenção cirúrgica. Porém, o médico responsável deve indicar o melhor tratamento para cada caso. Entretanto, caso queira saber mais sobre as cirurgias de glaucoma, clique aqui.
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