pessoa se vacinando

Manter a vacinação em dia é importante para a saúde ocular

Você sabia que se vacinar também faz bem para os olhos? Embora em um primeiro momento fique difícil relacionar uma coisa à outra. É  importante lembrar que a vacinação é o caminho para a prevenção de diversas doenças, sendo algumas delas que afetam, mesmo que indiretamente, a visão.

Mas, qual a importância das vacinas especificamente  para a saúde dos nossos olhos? 

Para te ajudar a entender melhor isso  trouxemos aqui uma breve lista de doenças,  relação com a saúde ocular e informações sobre as vacinas contra elas.

COVID-19

Todos os dias aprendemos um pouco mais sobre esta doença e o que podemos fazer para nos mantermos, e mantermos os outros, em segurança.

Apesar da incidência ser pequena, a conjuntivite pode aparecer como um dos possíveis sintomas da COVID-19. Os sintomas podem ser irritação, vermelhidão, lacrimejamento e coceira.

Como a conjuntivite pode ser causada por alergias, por uma infecção bacteriana ou por outros vírus, é sempre bom investigar sua causa (origem). 

E, claro, embora a vacina contra Covid-19 ainda não esteja disponível para todos, é importante, não só pela nossa visão, mas por todas as outras complicações, vacinar-se quando for a sua vez.

Gripe ou Influenza

A gripe é uma doença bastante comum, especialmente no outono e inverno,  e para a qual já existe vacina, inclusive na rede pública.  

E ao imunizar-se contra a gripe, você também está protegendo os seus olhos. Assim como no caso da Covid-19, a maioria das pessoas somente pensa na parte respiratória, esquecendo-se da correlação da doença com os olhos. 

Mas, aí vem a coceira, a vermelhidão e o lacrimejamento ocular, as pálpebras inchadas, a sensibilidade à luz. Esses são os principais sintomas da conjuntivite viral, que pode ser transmitida pelo mesmo vírus da gripe, via contato com pessoas infectadas.

A melhor forma de proteção ocular é evitar colocar as mãos nos olhos e coçá-los, além de, paralelamente, manter atualizado o calendário vacinal, para assegurar a menor exposição a doenças virais. 

Rubéola 

A rubéola  também é uma infecção viral com alto grau de contágio e transmissão.  Em adultos e crianças, ela não apresenta grandes riscos. Já em mulheres grávidas, pode prejudicar a formação e a saúde do feto.

O olho está entre os órgãos mais afetados pela doença, pois a cápsula do cristalino não está totalmente formada nas primeiras semanas de gravidez, o que facilita a penetração do vírus,  aumentando o risco de catarata congênita. 

A rubéola ocorre em mulheres grávidas que não foram vacinadas antes da gestação ou naquelas que nunca tiveram contato com a enfermidade. Portanto, a única forma de prevenir é através da vacinação. 

A vacina nesse caso é a tríplice viral, que  também protege contra a caxumba e o sarampo, que também se manifesta nos olhos por meio de irritações e quadros de conjuntivite leve. Em casos mais graves pode causar, inclusive, a ceratite, retinopatias, úlceras de córnea e, por fim, a cegueira.  A tríplice viral faz parte do plano nacional de imunização (PNI).

Tuberculose

A tuberculose é uma doença infectocontagiosa causada por uma bactéria. Geralmente acomete o pulmão, entretanto, essa patologia pode também afetar outros órgãos, como os olhos, causando sintomas como visão embaçada e hipersensibilidade à luz. 

Esta infecção pode também ser conhecida por uveíte por tuberculose, já que provoca inflamação das estruturas da úvea do olho.

Nesse caso, a vacina mais eficaz contra a tuberculose é a BCG – Bacilo de Calmette e Guérin – indicada para crianças com menos de cinco anos, especialmente menores de um ano. 

Ela é distribuída gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e serve para prevenção das formas mais graves de tuberculose: a tuberculose miliar e meníngea.

Catapora

A Varicela, também conhecida no Brasil por catapora, é uma doença altamente contagiosa causada pela infecção inicial com o vírus varicela-zoster (VVZ). 

Esse vírus também pode causar o herpes zoster oftálmico, atingindo a vista. De modo geral, o globo ocular é acometido em cerca de metade dos casos.

A infecção do olho provoca dor, vermelhidão, sensibilidade à luz e edema na pálpebra. Sequelas tardias, como glaucoma, catarata, uveíte crônica ou recorrente, cicatrização corneana, neovascularização e hipoestesia são comuns e podem afetar a visão. 

Em alguns casos também pode ocasionar a retinite, que é uma degeneração rara e progressiva da retina, com grande risco de perda visual.

A vacina ainda é a melhor prevenção contra a catapora. Em 2013 o Ministério da Saúde introduziu a vacina tetravalente viral, que protege contra sarampo, caxumba, rubéola e varicela (catapora), na rotina de vacinação de crianças entre 15 meses e 2 anos de idade que já tenham sido vacinadas com a primeira dose da vacina tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola).

A imunização tem suas indicações precisas, levando em conta a situação epidemiológica da doença, por isso não está disponível de forma universal no SUS.

Hepatite

A hepatite é caracterizada por uma inflamação do fígado. Ela pode ser causada por vírus ou pelo uso de alguns remédios, álcool e outras drogas, assim como por doenças autoimunes, metabólicas e genéticas.

Ela é uma doença silenciosa e que nem sempre apresenta sintomas. Quando presentes, podem aparecer como cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjoo, vômitos, dor abdominal, pele e urina escura, fezes claras e olhos amarelados. 

No entanto, além dos sintomas que se manifestam na superfície ocular, o principal achado é a ceratoconjuntivite seca. Vários estudos mostram alta frequência de síndrome do olho seco. Outras manifestações são ceratite, esclerite e retinopatias. 

Existem vacinas contra a hepatite A e contra a Hepatite B. A primeira dose da vacina contra a hepatite B deve ser administrada na maternidade, nas primeiras 12 horas de vida do recém-nascido. 

O esquema de vacinação atual é feito aos 2, 4 e 6 meses de idade com a vacina Tetravalente e dois reforços com a Tríplice Bacteriana (DTP)

Acompanhamento médico oftalmológico também é importante 

Além da prevenção e de manter o calendário vacinal em dia, é importante estarmos atentos a todos os sinais de nossa saúde ocular. Para isso, mantenha uma rotina de acompanhamento desde bebês até adultos. 

Em casos de dúvidas, agende uma consulta. 

 

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