A estação mais fria do ano está chegando e junto dela, o ar seco, um já conhecido vilão da nossa saúde como um todo. A maioria das pessoas acaba focando e se preocupando exclusivamente nos problemas respiratórios e com a famosa gripe. Essa tendência é ainda mais forte em tempos de Covid-19.
Não que seja errado, mas, por outro lado, faz com que problemas dermatológicos e as doenças oculares no inverno fiquem muitas vezes em segundo plano.
A questão é que elas podem ser tão delicadas quanto as de cunho respiratório e precisam ser tratadas. Você sabe quais são elas e como tratá-las?
Vamos falar sobre isso e também sobre como preveni-las.
O que pode prejudicar a nossa saúde visual no inverno ?
As conjuntivites alérgicas e virais e a síndrome do olho seco são as principais doenças oculares que se intensificam na estação mais fria do ano. Seus maiores vilões são a baixa umidade do ar e, consequentemente, o clima seco.
Tanto que as doenças oculares no inverno tem maior incidência em regiões mais frias, como no sul do país.
Além de provocar maior concentração de poluentes – agentes que prejudicam sensivelmente a saúde visual -, esses dois fatores também contribuem na evaporação da camada aquosa da lágrima. O resultado é a diminuição da lubrificação natural de nossos olhos.
Portanto, é fundamental redobrar a atenção com as doenças oculares no inverno. Especialmente para não haver confusões no diagnóstico com outras possibilidades.
A importância da observação
A síndrome do olho seco, por exemplo, tem como sintoma o olho vermelho e irritação ocular, exatamente pela falta de lubrificação que mencionamos acima.
Então, é importante que ele seja observado de perto por um oftalmologista para um diagnóstico diferencial com outras alterações, de menor ou maior gravidade.
No caso da conjuntivite alérgica, ela pode vir simulando ou mesmo mascarando uma conjuntivite viral, que é transmissível e demandaria outro tipo de tratamento, como o isolamento do paciente.
Além disso, como todas as demais patologias nos olhos, as doenças oculares mais específicas no inverno, se não tratadas no tempo certo podem causar consequências de conjuntivite mais crônica de difícil tratamento; o olho seco pode levar à incidência de uma úlcera corneana. Ou seja, precisam ser tratadas com a maior brevidade possível.
Possibilidade de tratamentos para as doenças oculares no inverno
O tratamento depende do diagnóstico feito pelo oftalmologista caso a caso e depende das causas e da gravidade.
No caso da síndrome do olho seco, saber o fato motivador é bem importante. Pois, tem situações em que a causa é reumatológica, em outras por conta de um pós-operatório e, claro, em decorrência do tempo seco. Na maioria das vezes, esses casos são tratados com um colírio lubrificante, prescrito pelo médico de acordo com a necessidade de cada paciente.
O mesmo vale para a conjuntivite alérgica, que além do tempo pode ter como causa, ácaro, pólen, entre outros. O uso do colírio antialérgico é a indicação mais comum, mas em algumas situações é necessário um tratamento sistêmico junto com o otorrino.
Prevenindo as doenças oculares no inverno
Mas, como em tudo na nossa saúde, a prevenção é o melhor remédio. O período demanda um cuidado especial no olho pela diminuição de umidade do ambiente e a exposição ao vento.
Pacientes que sofrem de rinite alérgica e sinusite crônica ou que coçam muito o nariz, tendem a ter uma alteração mais importante de conjuntivite alérgica. Desta forma, essas pessoas devem ficar atentas, pois apresentam uma maior disposição de serem acometidos por doenças oculares no inverno.
Por isso, a importância de acompanhar de perto, principalmente os pacientes que sentem muitos sintomas. O oftalmologista pode indicar um lubrificante.
Outra dica importante para prevenir não somente as doenças oculares comuns no inverno, mas também outras, como a própria Covid-19, é não colocar as mãos nos olhos e lavá-las sempre antes de qualquer contato com a região ocular.
Aproveite que o inverno nem começou e já agende uma consulta.