Embora a pergunta “Como curar o estrabismo” seja um pouco capciosa, esse é um tema que sempre precisa ser discutido.
Especialmente, por ser uma doença ocular bastante delicada que, além da questão estética, prejudica a visão. Existem muitas dúvidas a respeito e vamos trazer algumas delas aqui para te ajudar.
O que pode causar estrabismo?
Antes de falar a respeito de como curar o estrabismo é preciso entender quais são as causas e que o tratamento é sempre caso a caso.
Isso porque o estrabismo pode ocorrer por diversos fatores e tem diversos componentes. Pode ser hereditário, pode ocorrer após algum trauma ou até mesmo por uma alteração hormonal, na tireoide.
Desta forma, a cura do estrabismo depende de qual é a causa de cada paciente.
O estrabismo de infância, por exemplo, é o mais comum, e também tem várias causas. Ele afeta 1% a 3% das crianças e tem maior incidência nas nascidas prematuras, com doenças sistêmicas como paralisia cerebral, síndromes genéticas, e com histórico familiar.
As consequências são várias e a mais preocupante delas é a baixa acuidade visual, causada pela supressão de um dos olhos, principalmente do que está desviado.
Mas, como curar o estrabismo?
Podemos dizer que a cura do estrabismo é multifatorial. Ela existe, mas como dissemos é preciso saber qual é o fator desencadeante para tratar, indivíduo por indivíduo.
Na infância, o primeiro passo é curar a visão, pois até os sete anos é quando a criança desenvolve, o que chamamos de plasticidade cerebral. Isso é feito com o uso do tampão ocular.
O próximo passo é avaliar a estética, que é a correção do famoso “olho tortinho”. Nesse caso, normalmente o indicado é cirurgia. Porém, existem situações em que o uso do óculos e de lentes de contato podem ajudar no alinhamento dos olhos, durante o uso. Lembrando que o tampão, não elimina a correção estética e vice e versa. É até por isso que na idade adulta a cirurgia de estrabismo tem exclusivamente fins estéticos e não visa corrigir a função visual.
Quando o quadro é originado por trauma, é preciso primeiro corrigir a parte lesionada e depois tomar as demais decisões. Já no caso de hormônio, primeiro é preciso cuidar da parte endocrinológica e depois avaliar qual a melhor forma de fazer a correção no músculo.
Além disso, alguns casos muito específicos podem ser tratados com botox. No entanto, o efeito é temporário e dura cerca de seis a oito meses.
Quais as chances de sucesso de um tratamento?
Quando falamos sobre como curar o estrabismo, as chances de sucesso são bastantes questionadas pelos pacientes em tratamento e pelos pais, no caso de crianças.
Primeiro de tudo, é importante ter ciência que se trata de uma cirurgia bastante delicada, pois ela mexe nos músculos dos olhos. E pode ser que o resultado não seja 100% esperado, pois às vezes o desvio é pequeno ou muito grande e não dá para corrigir tudo em um único procedimento.
Também é preciso ter ciência que mesmo com o resultado satisfatório pode voltar, pois o músculo retoma a função dele após um tempo.
Em suma, conseguimos melhorar a qualidade de visão com tampão, desde que seja feita em tempo hábil e os sinais na infância sejam percebidos. E a correção estética (cirúrgica ou com óculos / lente de contato) seja realizada no tempo orientado pelo oftalmologista.
O advento da tecnologia e o aprimoramento de técnicas, obviamente são pontos positivos no processo de cura. No entanto, é preciso estar ciente da importância do oftalmologista desde o nascimento.
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Por Dra. Anelise Bregalda Alves